sexta-feira, 18 de março de 2011

CONHEÇA O ENGENHO TRIUNFO QUE FARÁ PARTE DO ROTEIRO DA VIAGEM


A produção de cachaça no Brejo Paraibano tem tomado grande impulso. Engenhos tradicionais tem adotado tecnologias que propiciam o fabrico de um produto de alta qualidade.

O Engenho Triunfo no município de Areia é um exemplo de um empreendimento bem sucedido. Porém, concomitante ao progresso tecnológico, está a Recepção e o bom gosto do seu ajardinamento.

O nome do Engenho Triunfo foi escolhido pela proprietária, Maria Júlia de Albuquerque Baracho, inspirado nos seus estudos antropológicos, por conta do esforço que toda a família fez para ter o seu próprio negócio. “Não somos uma família tradicional de senhores de engenho, mas meu marido tinha o sonho de, um dia, ser dono de um engenho”, conta. O sonho ficou no armário e só tomou forma em 1994, quando a família recebeu um dinheiro extra e decidiu investir na compra de um engenho.

Segundo Maria Júlia, foi um período de muito esforço e aprendizado, aprendizado que rendeu ao seu marido, Antônio Augusto, o apelido de professor Pardal. “Não tínhamos dinheiro para comprar máquinas para fazer a cachaça, por exemplo, e ele foi inventando. Quem visitava nossa fábrica, se espantava com tanta criatividade”, diz. De moedor de carne a secador de cabelo, tudo virava maquinário para o alambique. “Agora, esses equipamentos fazem parte de uma espécie de museu do Engenho Triunfo”, conta Maria Júlia.

As vendas também foram um outro capítulo da história de triunfo do Engenho. Maria Júlia conta que saía de porta-em-porta oferecendo o produto, por vezes tinha sucesso. Outras, nem tanto. “Não era uma marca tradicional, conhecida, então, tínhamos muita dificuldade em colocar no mercado”, diz.

Empenho e teimosia levaram o Engenho Triunfo à situação atual. Empregam 53 pessoas, produzem 180 mil garrafas (300 ml), vendem para Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte e já receberam pedidos de exportação de cinco países. O turismo começou em 2006, só com estudantes universitários ou de colégios. No ano seguinte, Maria Júlia percebeu que podia ser um bom negócio e resolveu apostar. Preparou uma sala para degustação e, claro, uma boa recepção. “Hoje já representa 20% do faturamento da empresa”, conta ela. Receitas nada ortodoxas, como bala de café com cachaça e trufa de cachaça estão no cardápio de guloseimas.

Como inventar parece estar no sangue da família Albuquerque Baracho, este ano o filho do casal, Thiago, também decidiu colocar a mão na massa. Estudante de Química Industrial e Engenharia Química, ele desenvolveu um modo de obter álcool combustível a partir das sobras do processo de fabricação da cachaça. As partes consideradas ruins, cabeça e calda, por conta do alto teor alcoólico e dos resíduos de cobre (o que se aproveita é o que se chama de coração), viraram combustível e abastecem os oito carros da empresa. O preço: 12 centavos o litro. Nas bombas, em São Paulo, o valor médio, por litro, é 1,20 real. (CMA)

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